domingo, 24 de maio de 2009

Olá, hoje iremos postar sobre a Igreja Medieval estudada em nossa ultima aula em classe e algumas partes ainda não vistas em aula.


A Igreja sobreviveu às crises e mudanças do final da Antiguidade e da Alta Idade Média. O clero monopolizava o saber em um mundo de analfabetos e foi responsável por conservar a cultura letrada da Antiguidade Clássica. Apesar de manter essa cultura atrelada a seus interesses de grande senhora de terras, a Igreja muito contribuiu para que o conhecimento não estagnasse.

A Igreja romana acumulou poderes que derivavam de sua riqueza material e da influência espiritual que exercia sobre as pessoas.




A Igreja organizava-se hierarquicamente, o que a ajudava a manter o poder. Havia o alto e o baixo clero.

- O primeiro: Ligado à aristocracia, detinha os cargos de direção (bispos, abades etc..)

- O segundo: Era composto de elementos vindos das camadas mais baixas. O chefe dessa hierarquia era o bispo de Roma, que, em 455, recebeu o título de papa, isto é, chefe da igreja cristã.

- Ao clero secular: Estava em contato com as coisas do mundo, coube a tarefa de converter os bárbaros que invadiram a Europa.

- Ao clero regular: O (submetido a regras), que ficava nos mosteiros, cabia a preservação da cultura e o aumento do poder econômico da Igreja.





As doações de terras feitas pelos reis e senhores laicos (leigos) à Igreja faziam com que seu poder político aumentasse, pois ia se transformando num “grande senhor feudal”. Essa posição fazia com que a Igreja tivesse que lutar pela defesa de seus interesses tanto quanto os demais senhores feudais.


Mas o mais importante é que a Igreja católica exercia uma poderosa influência na sociedade, O controle que o clero detinha sobre a cultura reproduzia uma visão de mundo da Igreja; os padres, em seus sermões, passavam essa visão de um mundo dividido em classes, naturalmente desiguais.


Muitos membros enriquecidos da Igreja esqueciam-se da humildade e do amor ao próximo para levar uma vida de luxo e de ociosidade. Alguns cristãos reagiram a isto protestando contra o acúmulo de riquezas por parte da Igreja e se propondo a viver de acordo com os ensinamentos de Cristo.


Eles se retiravam e iam viver em grutas ou se juntavam a religiosos insatisfeitos e iam morar em mosteiros ou abadias que eles próprios fundavam. Essas comunidades eram formadas de monges ou monjas. A diferença entre uma e outra é que as abadias eram governadas por um superior, o abade. Os monges trabalhavam também como agricultores e pastores eram ajudados pelos seus servos nas tarefas mais pesadas.

Já existiam vários mosteiros na Europa do século V. Mas a vida monástica se difundiu no Ocidente a partir de 529, ano em que Bento de Núrsia fundou na Itália o Mosteiro de Monte Cassino e organizou a Ordem dos Beneditinos. São Bento como mais tarde ficou conhecido, estabeleceu normas (Regras de São Bento) a serem seguidas pelos monges. De acordo com elas, os monges deviam fazer votos de pobreza pessoal, de obediência e de castidade ( abstenção de relações sexuais).

São Bento dizia que:


‘’Se os monges se virem obrigados, por necessidade ou pobreza, a trabalhar eles próprios nas colheitas, que não se aflijam; serão, então, verdadeiros monges quando viverem do trabalho de suas mãos.’’


As regras de São Bento serviram de inspiração para o regulamento de várias outras ordens religiosas criadas na Idade Média. Entre elas cabe destacar a Ordem dos Franciscanos, a Ordem das Clarissas, a Ordem das Carmelitas e a Ordem dos Agostinianos.


O trabalho desses religiosos foi de grande importância no período medieval: instruíram os camponeses na prática da agricultura, mantiveram orfanatos, leprosários, escolas, hospitais e asilos. Um outro trabalho feito pelos monges e monjas no Ocidente medieval foi estudar e copiar textos greco-romanos nas enormes bibliotecas de seus mosteiros e abadias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário